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A mostrar mensagens de novembro, 2018

CORNO ou CORNO MANSO? :)

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Vamos tentar encontrar uma explicação mas não se esqueça: "Isto tudo é coisa que colocam na sua cabeça." Existem expressões tão nossas que fazem parte da nossa identidade. Hoje fala-se muito de infidelidade, de traição e relações coloridas, mas nas nossas aldeias corno continua a ser corno. E das duas uma: ou é o último a saber e quando descobre há porrada, ou sabe, cala-se e vira corno manso! :) Mas vamos lá à história, ou à estória... Um homem cuja companheira faz uns "biscates" por fora é “corno” ou “cornudo”; se tem conhecimento e se conforma é “corno manso”. E diz-se que a mulher lhe “põe os cornos”. O homem também pode “pôr os cornos” à mulher, mas não é comum dizer-se que a mulher é “cornuda” ou “corno” ou “corna”. Agora, de onde é que vem esta terminologia e quando é que aparece na língua escrita? Terá sido invenção nossa ou inspirou-se noutra língua? Cornos são apêndices da cabeça de alguns mamíferos, popularmente conhecido como chifres. Já expre

ATENÇÃO! PERIGO PÚBLICO

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Há um falso “frade” venenoso que anda a enganar os amantes de cogumelos. Foi descoberta recentemente uma espécie de cogumelo silvestre tóxico que é muito parecido com aquele que é conhecido como “frade” e que muitos consomem sem olhar duas vezes. O alerta surge através dos serviços regionais do Ministério da Agricultura: Foi identificada uma espécie de cogumelo silvestre, a Macrolepiota venenata, responsável pela maioria das intoxicações alimentares que ocorrem no Outono e também na Primavera com a ingestão deste tipo de produto silvestre. José Luís Gravito Henriques, especialista em micologia e autor de diversos artigos e publicações sobre cogumelos, registou vários relatos de casos de intoxicação, “alguns dos quais mortais”, porque as pessoas que apanhavam a espécie tóxica julgavam estar a levar para casa a Macrolepiota procera — conhecida como “frade” — e que é comestível. O consumo de cogumelos em várias regiões do país restringe-se, muitas vezes, à Macrolepiota pro

ÁRVORE DO ANO

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Azinheira secular do Monte do Barbeiro vence "Árvore do Ano" em Portugal  Foto: Nuno Sequeira A azinheira secular do Monte do Barbeiro, com 150 anos, é a árvore portuguesa do ano, que vai representar o país no concurso europeu Tree of the Year, foi hoje anunciado. A árvore está situada em Mértola, no Alentejo, e foi a mais votada entre as 29 candidaturas, sendo a sua grandiosidade descrita pela sua sombra. “Sentarmo-nos debaixo da sua copa faz com que o calor abrasador do Alentejo nos pareça suportável e nos permita contemplar a vastidão da planície envolvente respirando a sua tranquilidade”, lê-se no ‘ site ’ onde as votações decorreram até terça-feira. A azinheira secular do Monte do Barbeiro fazia parte de uma lista de 10 finalistas, escolhidas entre 29 candidaturas apresentadas, por um júri especialista constituído por Ana Luísa Soares, António Bagão Félix, Nuno Mendes Calado, Paulo Tenreiro e Rui Queirós. A árvore, da espécie Quercus Rotundifolia Lam, vai r

A CAPITAL É LISBOA! O RESTO É PAISAGEM.

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TRISTE PAÍS O NOSSO "O interior está a morrer." Esta é uma frase que ouvimos há décadas. Há décadas que nos queixamos do centralismo bacoco, trucidante e exacerbado deste pequeno país, em que temos uma Capital que absorve tudo, alimenta todos e trucida tudo o resto. Agora, através de um relevante e pragmático estudo, podemos constatar com realismo as diferenças abismais entre Lisboa e o resto do país. Com esta diferença abismal de tratamento, quais são os jovens loucos que se atrevem a ficar no Interior? Muito poucos. Só mesmo os loucos. Infelizmente.  Foto: Rui Pires Lisboa é a capital e o resto continua a ser paisagem. Este estudo apresenta provas.  “Portugal é um dos países mais centralizados da OCDE”, diz um estudo da Associação Comercial do Porto. E apresenta números para provar a “tragédia do centralismo”. Sabia que o Estado entrega à administração local apenas 10% da despesa pública total? E que metade das compras públicas são feitas por entidades localizadas na

QUEIJADA DE CARAPITO

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Carapito, populosa freguesia do Concelho de Aguiar da Beira, tem pergaminhos de história como poucas outras povoações de Portugal. Município de provecta origem, título perdido no decurso do segundo quartel do século XIX, reserva desse passado de honra o seu pelourinho como memória, entre outras, como as impressivas construções solarengas e essa singular traça dos arruamentos antigos, do Terreiro, da Praça, do Arrabalde cujo casario, ainda que desgastado, reserva como que uma estranha presença dos moradores antigos. Singular, sobremaneira, essa impositiva presença de construções dolménicas de aparato, como a velha Casa da Moura, cujas desmesuradas dimensões a tornam única na Península. De tradições ainda se vive e apenas a uma nos referiremos hoje, manjar da gastronomia local por muitos anos dito como único em seu género, que irmão tem mais longe e ao qual outro nome foi dado, fálgaros, na pequena povoação da Tabosa dita do Carregal, no Concelho de Sernancelhe, enquanto por aqu

INVESTIR NO INTERIOR

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Governo vai criar 'via verde' para investimentos no interior Investimentos a partir de 10 milhões de euros e geradores de pelo menos 25 postos de trabalho vão ter uma 'via verde' em 2019 nas chamadas zonas de baixa densidade, num programa designado de PCII O Governo vai anunciar dentro em breve um regime especial de projetos PIN (de Potencial Interesse Nacional) só para investimentos no interior do país - adiantou João Paulo Catarino, secretário de Estado da Valorização do Interior, no congresso da Associação da Hotelaria de Portugal (AHP) que decorre em Lisboa até 16 de novembro. "Quem quiser investir no interior vai ter mais facilidade para avançar com os seus projetos", salientou o secretário de Estado, frisando que "nestes territórios, projetos com esta dimensão não podem estar um ou dois anos à espera". O programa PIN para o interior vai chamar-se PCII - Programa de Captação de Investimento para o Interior, segundo adiantou ao Expres

COELHO À CAÇADOR

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Um dos pratos mais apreciados pelos portugueses, absolutamente delicioso! Uma receita que tem as suas raízes na tradição da caça ao Coelho Bravo. A facilidade de reprodução deste animal e o elevado número que podem atingir foram os grandes impulsionadores para que os homens os caçassem, a fim de protegerem as colheitas.  As peles dos coelhos bravos eram também uma boa fonte de receita para as famílias, que poderiam ser comercializadas ou usadas para fazer brincadeiras com as crianças das aldeias.  A carne do Coelho Bravo, com o seu sabor inigualável e característico, rapidamente se tornou na base de diversos pratos tradicionais, havendo verdadeiros comensais em volta da mesa para saborear esta iguaria maravilhosa.  Hoje, o "Coelho à caçador" encontra-se em todo o país na ementa de qualquer tasca ou restaurante, mas é em casa, nos potes ao lume, com um verdadeiro coelho bravo que melhor se poderá saborear tal iguaria.  Contudo, é possível, em casa, confecionar este p

PESO DA RÉGUA ELEITA CIDADE DO VINHO 2019

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Peso da Régua foi eleita Cidade do Vinho 2019, título pelo qual Borba (Alentejo) e Viseu (Dão) também concorriam. O vencedor foi conhecido na tarde desta quinta-feira (15 de novembro), em Assembleia Municipal da AMPV (Associação de Municípios Portugueses do Vinho), que teve lugar em Torres Vedras, Cidade do Vinho 2018. De salientar que só mesmo uma excelente e inexcedível candidatura, apresentada pelo Município do Peso da Régua, com impacto e sofisticação, e uma forte presença da Confraria dos Vinhos do Douro, poderia ter levado a este desfecho, face às também excelentes candidaturas de Borba mas principalmente de Viseu.  2019 será assim um ano muito importante para Peso da Régua e para toda a Região do Douro com a oportunidade de demonstrar ao mundo, uma vez mais, a brutal vida vinhateira que se respira neste maravilhoso Território. A cidade que é já reconhecida no mundo por tantos motivos, sendo aqui a principal porta de entrada do Douro, onde se realizam tantos e bons event

LAPA: A MONTANHA, A FÉ E UM SANTUÁRIO COM MAIS DE 520 ANOS DE HISTÓRIA

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Existem lugares assim, tão mágicos que nos absorvem, tão belos que nos fascinam, tão poderosos que nos revitalizam. A Lapa é um desses lugares saídos de um livro de contos mágicos, onde a realidade se confunde com o surreal. Terra onde nos sentimos crianças a saltitar num livro de história, Terra de gente maravilhosa onde em cada olhar encontramos um altar, Terra de famílias trabalhadoras e lutadoras que fazem do sacrifício valor conquistado, Terra de passado, presente e futuro. É ali, na pequena aldeia da Lapa, no Concelho de Sernancelhe, que é possível viajar no tempo e encontrar o próprio tempo, é ali, na Lapa, que é já aqui, tão perto de nós, tão longe de tudo. Venha connosco... A história da Lapa começa em 1493 com o aparecimento da imagem de Nossa Senhora debaixo de uma lapa, trazida para aquele local por religiosos que fugiam ao general mouro Al Mansor. A gruta onde a imagem foi descoberta possui uma pedra muito estreia por onde reza a tradição que todos passam, exceto quem

PASTOREIO

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O pastoreio em Portugal é uma arte antiga, que durante séculos se afirmou e deu sustentabilidade a milhares de famílias. Ainda hoje existem centenas de pastores por este país a fora, homens calmos, serenos e amigos dos animais. Mas esta é uma arte tão antiga e global que vale a pena conhecer. O homem existe na terra à cerca de um milhão de anos, mas apenas nos últimos 10.000 anos é que se interessou-se pela domesticação das plantas e dos animais. No início do período Neolítico (cerca de 8.000 a.C), quando terminou a última Era Glacial, o clima da terra aqueceu, possibilitando o aparecimento das pastagens. Os animais herbívoros multiplicaram bastante como foi o caso dos caprinos e ovinos. Com o aumento da população dos herbívoros e com dificuldade de encontrar alimentação para todos, começaram a se aproximar e atacar as incipientes plantações de cereais dos agricultores. Inicialmente foram rechaçados e depois passaram a capturá-los para serem abatidos e a carne ser usada como alim

PÃO SAGRADO

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É aqui, onde o conhecimento passa de geração em geração, que o pão dos Homens é abençoado por Deus. É aqui, onde as mãos de mulheres sagradas dão à luz a vida eterna. O pão. Tão simples e tão belo. Tão fácil e tão rico. Tão humano e tão celestial. O pão. O pão é um dos alimentos mais antigos que acompanha a história da Humanidade. Conta-se que o homem começou a cozer pão pelo menos 6000 anos antes de Cristo, mas foram os egípcios o primeiro povo a usar fornos de barro para cozer pão. Especialistas do cultivo de trigo, os egípcios faziam negócio, vendendo-o aos gregos, que entretanto se tornaram também peritos no fabrico de pão. Os romanos, por sua vez, aprenderam com os gregos e gostaram tanto do ofício que no ano 100 a.c., haviam já 258 padeiros em Roma. A descoberta do fermento é igualmente atribuída aos egípcios. Uma obra do acaso, responsável por deixar a massa leve e macia, como conhecemos e apreciamos nos dias de hoje. Um egípcio deixou um pouco de massa crua fora do fogo e

ALDEIA DA TERRA

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"A Aldeia mais caricata de Portugal." Está em permanente construção, é de barro e fica em Arraiolos. Chama-se Aldeia da Terra e tem tudo o que as aldeias portuguesas do interior deviam ter: ruas pavimentadas, praças, cafés, livrarias, escolas, carros, e pessoas... sobretudo pessoas. A barrística é uma forma de arte com tradições profundas em Portugal. ​ Se por um lado as origens de certas expressões do imaginário popular - como o Galo de Barcelos ou a loiça fálica das Caldas - se perdem nos tempos, as escolas de barrística de figurado tradicional português, que ainda hoje as laboram, das Caldas da Rainha, Barcelos ou Estremoz (esta recentemente classificada de património cultural imaterial da humanidade), alicerçaram fortes bases desde o século XVIII, sobretudo a partir do inicio da representação do Presépio, por influencias italianas, por alturas da construção do Palácio Convento de Mafra. Muitos artistas contemporâneos Portugueses exploram novas expressõ