MATANÇA DO PORCO
Muito mais que uma tradição... uma celebração da vida.

Foram nove meses de dedicação, todos os dias, de manhã e à noite, aos sábados e aos domingos, sempre a tratar do pobre animal, com a loja limpa e a pia cheia.
Nada se desaproveitou cá por casa, tudo era recolhido no final de cada refeição, a chamada "lavagem", como quem lava a loiça para aproveitar cada grão de arroz que sobrou, cada casca de maçã, cada bocadinho de carne.
Cá na aldeia a vida é assim dura, meiga no trato, dura na construção, em que a dedicação ao trabalho é o pilar da nossa felicidade.
Sim, é verdade, a mesa cá por casa está sempre farta, mas é fruto do nosso trabalho, pois por cá não vivemos de esmolas nem de casas oferecidas, por cá o que temos é nosso, conquistado com o fruto do nosso esforço e com a poupança de quem não vive de luxos.
O dia da matança do porco é um dia de festa, e que festa! A alegria sente-se no ar! Vem aí um pedaço de sabor que nos alimenta o corpo e a alma.
Do porco tudo se aproveita, tudo! As tripas, as orelhas, o focinho, as entranhas, o sangue e, sim, é verdade, até o rabo! Quem não gosta de um bom rabo, não é verdade? :)
As primeiras fêveras, na brasa, são divinais, como que a recompensar imediatamente todo o esforço ao longo dos últimos meses! E depois vem tudo o resto, para os enchidos, para os presuntos, que vão fumar para depois mergulharem no sal.
A festa é rija, em família e entre vizinhos, nunca sozinhos, porque viver na aldeia é viver em comunidade, e viver do trabalho é viver da verdade.
Bem, agora vamos lá provar umas tiras na brasa...
Texto: Manuel Muralhas
Foto: Rui Pires

Foram nove meses de dedicação, todos os dias, de manhã e à noite, aos sábados e aos domingos, sempre a tratar do pobre animal, com a loja limpa e a pia cheia.
Nada se desaproveitou cá por casa, tudo era recolhido no final de cada refeição, a chamada "lavagem", como quem lava a loiça para aproveitar cada grão de arroz que sobrou, cada casca de maçã, cada bocadinho de carne.
Cá na aldeia a vida é assim dura, meiga no trato, dura na construção, em que a dedicação ao trabalho é o pilar da nossa felicidade.
Sim, é verdade, a mesa cá por casa está sempre farta, mas é fruto do nosso trabalho, pois por cá não vivemos de esmolas nem de casas oferecidas, por cá o que temos é nosso, conquistado com o fruto do nosso esforço e com a poupança de quem não vive de luxos.
O dia da matança do porco é um dia de festa, e que festa! A alegria sente-se no ar! Vem aí um pedaço de sabor que nos alimenta o corpo e a alma.
Do porco tudo se aproveita, tudo! As tripas, as orelhas, o focinho, as entranhas, o sangue e, sim, é verdade, até o rabo! Quem não gosta de um bom rabo, não é verdade? :)
As primeiras fêveras, na brasa, são divinais, como que a recompensar imediatamente todo o esforço ao longo dos últimos meses! E depois vem tudo o resto, para os enchidos, para os presuntos, que vão fumar para depois mergulharem no sal.
A festa é rija, em família e entre vizinhos, nunca sozinhos, porque viver na aldeia é viver em comunidade, e viver do trabalho é viver da verdade.
Bem, agora vamos lá provar umas tiras na brasa...
Texto: Manuel Muralhas
Foto: Rui Pires
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